Este artigo analisa a adaptação de “Titus Andronicus†feita por Julie Taymor em contraponto a adaptação de Jane Howell da mesma peça. Foram estabelecidas algumas diferenças e semelhanças entre as performances e examinadas algumas interpolações e transposições nas duas adaptações. Finalmente, foram salientadas as diferentes abordagens da violência presente na peça shakespeariana nas duas adaptações fÃlmicas. Esta reflexão baseou-se teoricamente nas contribuições de Linda Hutcheon (1985), Edward Rocklin (1999), Jay Halio (2000), Pascale Aebischer (2002), Lucian Ghita (2004), Peter Donaldson (2005). ConcluÃmos que cada diretora estabeleceu sua concepção em interação com sua experiência de vida, seus trabalhos anteriores, suas crenças, sua visão de mundo, sua percepção do público-alvo, sua relação com Shakespeare. Processo complexo que também incorpora na materialização cênica as múltiplas leituras de Titus, presentes implÃcita ou explicitamente, no trabalho coletivo desenvolvido na produção cinematográfica.