O artigo pretende discutir as conexões entre grupos da direi-ta católica no Brasil com redes e matrizes do mesmo tipo, externas e transnacionais. As informações mais conhecidas dão conta do papel jogado por grupos evangélico-pentecostais oriundos dos EUA nestes fluxos. Este artigo, contudo, busca chamar atenção para o alcance da influência católica no processo. Serão destacados como vetores desta relação os movimentos do Opus Dei e da Renovação Carismática Católica (RCC). No exame destas duas instâncias da Igreja Católica, o artigo levanta a hipótese de que existe de longa data um caráter internacional no seio do Catolicismo que implica numa globalização interna deste na contemporaneidade. Esta funciona de modo próprio, ainda que inte-raja com outras formas religiosas conservadoras e reacionárias como os grupos evangélico-pentecostais. Usamos metodologias qualitativo-interpretativas com base em bibliografia acadêmica tradicional não-exaustiva. Mas, por ser um tema ainda em ebulição, utilizamos, como complemento, fontes primárias e secundárias digitais e não digitais (discursos oficiais, jornais, vídeos e páginas eletrônicas).
El artículo pretende discutir las conexiones entre grupos de la derecha católica en Brasil con redes y matrices del mismo tipo, externas y transnacionales. La información más conocida da cuenta del papel que jugaron los grupos evangélicos-pentecostales de Estados Unidos en estos flujos. Sin embargo, este artículo busca llamar la atención sobre el alcance de la influencia católica en el proceso. Se destacarán los movimientos del Opus Dei y la Renovación Carismática Católica (ICR) como vectores de esta relación. Al examinar estas dos instancias de la Iglesia católica, el artículo plantea la hipótesis de que ha existido un carácter internacional dentro del catolicismo durante mucho tiempo, lo que implica su globalización interna en la época contemporánea. Funciona a su manera, aunque interactúa con otras formas religiosas conservadoras y reaccionarias como los grupos evangélicos-pentecostales. Utilizamos metodologías cualitativas-interpretativas basadas en bibliografía académica tradicional no exhaustiva. Pero, como sigue siendo un tema candente, utilizamos, como complemento, fuentes primarias y secundarias digitales y no digitales (discursos oficiales, periódicos, videos y páginas electrónicas).