Para reduzir perdas decorrentes do estresse na criação de peixes, o sal comum (NaCl) vem sendo
recomendado no manejo e transporte. Entretanto, seu uso apropriado depende do conhecimento da
tolerância dos animais. Dessa forma, objetivou-se avaliar a tolerância aguda e a subcrônica à salinidade
da água em juvenis de acará-bandeira (Pterophyllum scalare). A tolerância aguda foi avaliada em seis
tratamentos (0; 3; 6; 9; 12; 15g de sal comum/L de água) e quatro repetições, com cinco peixes por
aquário. A mortalidade dos peixes foi observada a cada três horas, durante 96 horas. Foram calculados a
salinidade máxima de sobrevivência-96h (SSMax-96), a salinidade letal mediana-96h (MLS-96) e o
tempo médio de sobrevivência (MST). A comparação dos valores de MST entre as salinidades foi
realizada por meio de análise de variância e teste Tukey. Para a avaliação do efeito subcrônico foram
utilizados trinta peixes distribuÃdos em seis aquários contendo cinco litros de água cada. Cinco aquários
receberam incremento diário de 1g de sal comum/L. A mortalidade foi verificada a cada 24h até atingir
100%. Foram calculadas a salinidade máxima de sobrevivência subcrônica (SSMax) e a salinidade letal
mediana subcrônica (MLS). A SSMax-96 foi estimada em 7,51g/L. A MLS-96 calculada foi 11,11g/L.
O MST foi significativamente reduzido nas salinidades de 12 e 15g/L. A SSMax foi estimada em
12,50g/L e a MLS calculada foi 14,16g/L. A análise do efeito subcrônico sobre o consumo de ração
médio mostrou que esse é máximo em 4,71g/L. Os resultados permitem concluir que o uso seguro do
sal comum para juvenis de acará-bandeira não deve ultrapassar 7g/L, quando utilizado sem adaptação
(transferência direta da água doce para água salinizada), por um perÃodo máximo de 96h. Todavia,
incrementos graduais na salinidade permitem exposição segura a concentrações de até 12g/L.
To reduce losses resulting from stress in fish farming, common salt (NaCl) has been recommended
in the management and transportation. However, their proper use depends on knowing the tolerance of
animals. Thus, the present work aimed to assess the acute tolerance and subchronic tolerance to salinity
of water in juvenile angelfish. The acute tolerance was evaluated in six treatments (0, 3, 6, 9, 12, 15g of
salt/L of water) and four replicates with five fish per tank. Fish mortality was observed every three
hours for 96 hours. Were calculated the survival salinity maximum-96h (SSMax-96), median lethal
salinity-96h (MLS-96) and the median survival time (MST). The comparison of values of MST among
salinities was performed by ANOVA and Tukey test. To evaluate the subchronic salinity effect were
used thirty fish in six aquariums containing five liters of water each. Five aquaria received daily
increment of 1g of common salt/L. Mortality was checked every 24 hours. The subchronic effect was
assessed by obtaining the subchronic survival salinity maximum (SSMax) and the median subchronic
median lethal salinity (MLS). The SSMax-96 was estimated in 7,51g/L. It was obtained the value of
11,11g/L to MLS-96. MST decreased at salinities of 12 and 15g/L. The SSMax was estimated in
12,50g/L and the MLS was calculated at 14,16 g/L. The analysis of the subchronic effect on average
feed intake showed that the maximum is 4.71 g/L. It was concluded that salinity must not be above 7g/L
for juvenile angelfish transferred directly from fresh to salinized water, through a 96 hours period.
However, gradual increases in water salinity allow safe exposure at concentrations up to 12g/L.