TORRE DAS DONZELAS: MEMÓRIAS DAS EXPERIÊNCIAS DE LIBERDADE E RESISTÊNCIA NO CÁRCERE

Revista Temas em Educação

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ISSN: 2359-7003
Editor Chefe: Ana Cláudia da Silva Rodrigues e Fabiana Sena
Início Publicação: 03/01/2010
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Psicologia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Administração, Área de Estudo: Ciências Contábeis, Área de Estudo: Linguística

TORRE DAS DONZELAS: MEMÓRIAS DAS EXPERIÊNCIAS DE LIBERDADE E RESISTÊNCIA NO CÁRCERE

Ano: 2020 | Volume: 29 | Número: 2
Autores: V. L. Praxedes, H. G. S. Manso
Autor Correspondente: V. L. Praxedes | [email protected]

Palavras-chave: cinema e história, memória, ditadura militar, gênero, presas políticas.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O artigo discute as relações entre cinema, história e memória de mulheres, presas políticas que fizeram oposição e resistência ao regime militar brasileiro na década de 1970, com base na análise do documentário Torre das Donzelas (2018). O documentário reúne depoimentos de mulheres que foram perseguidas, presas e confinadas no Presídio Tiradentes, na ala feminina, denominada ‘Torre das Donzelas’. No que se refere ao campo das relações entre Cinema e História, apresenta-se a obra cinematográfica, ao mesmo tempo, como ‘fonte, sujeito, tecnologia e meio de representação’ para a análise histórica. A utilização da fonte fílmica como corpus documental, a análise dos discursos e práticas cinematográficas têm permitido, aos historiadores da área de história cultural, política, bem como aos cientistas sociais, observarem, também, os usos, recepções e apropriações dos discursos em obras cinematográficas. Quanto à memória entendida como de relações de poder ‒ como um campo de conflitos, disputas, embates e disputas de narrativas de um determinado evento, entre grupos e/ou comunidades, que pode ser observado na construção de uma ‘memória oficial’ procurando silenciar e se sobrepor às chamadas ‘memórias subterrâneas’ ‒, a análise fílmica possibilitou a reflexão sobre a  construção de outra memória sobre as graves violações dos direitos humanos vividas por um grupo de mulheres no período do regime militar. A prisão, as torturas vivenciadas por essas mulheres, certamente, constituíram traumas permanentes, mas, também, foram construídas, nesse processo, várias formas de resistências no cárcere, sem perder a própria humanidade e a importância da luta.