A toupeira e a serpente

Revista de Direitos e Garantias Fundamentais

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ISSN: 2175-6058
Editor Chefe: Profa. Dra. Elda Coelho de Azevedo Bussinguer
Início Publicação: 31/12/2005
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Direito

A toupeira e a serpente

Ano: 2018 | Volume: 19 | Número: 3
Autores: Sandro Chignola
Autor Correspondente: Sandro Chignola | [email protected]

Palavras-chave: Biopolítica, Governamentalidade, Controle, Bioeconomia, Capitalismo

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O artigo tem como ponto de arranque o estudo sobre o biopoder, em particular, desde as transformações da atual fase de expansão mundial do capitalismo. Para tanto, seguindo a trilha de Foucault, no trânsito e contaminações entre soberania, disciplina e biopoder, interroga a série de elementos configuradores das tecnologias voltadas ao “governo da vida”, tanto em relação ao controle dos corpos quanto da população. Assim, analisando duas figuras zoopolíticas, índices do alojamento da vida, para Deleuze, a serpente a e toupeira, aponta a profunda mutação do capitalismo como sociedade de controle biopolítico, sobretudo, destacando como o fluxo único e ininterrupto de informações é gerenciado para fins de segurança (riscos) ou de valorização imediata (dados). Noutros termos, há, por um lado, algoritmos de controle biopolítico que modulam fluxos de informação, filtram e canalizam a mobilidade de indivíduos e populações e que, por outro, forjam bancos de dados e pacotes de informações que descrevem estilos de consumo e capturam formas de vida através de cooperação gratuita. Enfim, o decisivo quanto à evolução do biopoder passa pelo controle de fluxos que opera algoritmos de administração e gerenciamento do social, produzindo uma série de tecnologias sobrepostas para fins comerciais, securitários e militares



Resumo Inglês:

The present work begins with the study of biopower, particularly since the transformations of the current phase of capitalism. To do so, following the path of Foucault, in the traffic and contamination between sovereignty, discipline and biopower, questions the series of configurable elements of technologies directed to the “government of life”, both in relation to the control of bodies and the population . Thus, analyzing two zoopolitical figures, life indexes, for Deleuze, the mole-snake, points to the profound mutation of capitalism as a biopolitical control society, especially by highlighting how the single, uninterrupted flow of information is managed for security purposes , risk) or immediate recovery (data). In other words, there are, on the one hand, biopolitical control algorithms that modulate information flows, filter and channel the mobility of individuals and populations and, on the other hand, create databases and information packets that describe consumer styles and ways of capturing life through free cooperation. Finally, the decisive factor in the evolution of biopower is flow control, which operates social management and management algorithms, producing a series of overlapping technologies for commercial, security, and military purposes