As mudanças climáticas, a elevação dos preços do petróleo e a crise financeira global colocaram a sustentabilidade e o “crescimento verde†da economia na agenda polÃtica. A transição para uma economia de “baixo carbono†em paÃses desenvolvidos, como na União Européia, vem sendo buscada principalmente pela geração de energia renovável. Já os paÃses em desenvolvimento, como o Brasil enfrentam um aumento das emissões como resultado das mudanças no uso da terra, que deverá crescer ainda mais crescimento nas próximas décadas, se não forem adotados instrumentos de polÃtica adequadamente. O desmatamento e a pecuária são as principais fontes de emissões pelo uso da terra no Brasil e estas emissões devem crescer ainda mais com a liberalização do comércio agrÃcola. A transição para uma economia de “baixo carbono†no Brasil, portanto, exige polÃticas de uso da terra adequadas. A intensificação da agricultura pode, por um lado satisfazer a demanda mundial por soja e carne bovina. Por exemplo, estimou-se que a intensificação da produção de gado pode reduzir emissões de desmatamento em até 30%, mas essa intensificação pode também acelerar o desmatamento das florestas do Cerrado e da Amazônia. Para evitar o desmatamento adicional, grandes áreas de terras degradadas devem ser reincorporadas à produção, o que requer grandes investimentos agrÃcolas. Além disso, (novos) instrumentos econômicos, monitoramento, aplicação da lei e polÃticas de conservação apropriadas também são necessários para deter o desmatamento e perda de biodiversidade. A mudança recente do Código Florestal, por exemplo, deve acelerar ainda mais o desmatamento, tornando assim mais difÃcil alcançar as meta de mitigação estabelecidas pelo Estado brasileiro.
Climate change, rising oil prices and the global financial crisis has put sustainability and ‘green growth’ of the economy on the political agenda. While the transition towards a “low carbon†economy in developed countries like in the European Union should mainly be found in renewable energy production, developing countries like Brazil face with high land use emissions which will further rise in the coming decades without proper policy instruments. Deforestation and cattle production are the main sources of land use emissions in Brazil and we expect that these emissions will further rise with liberalisation of agricultural trade. A transition towards a “low carbon†economy in Brazil thus calls for appropriate, and effective land-use policies. Agricultural intensification on one hand can meet the world demand for soy and beef. For example we calculate that increasing the meat content of cattle can reduce emissions from deforestation up to 30%, but intensification may also accelerate further deforestation of Cerrado and Amazon forests. In order to avoid such additional deforestation, large areas of degraded lands have to be taken back into production, which requires large agricultural investments. In addition, (new) economic instruments, monitoring, law enforcement and appropriate conservation policies are also needed to halt further deforestation and biodiversity loss. The recently amended change of the Forest Code policy, for example, is expected to accelerate deforestation further, thus making more difficult to reach mitigation targets for the Brazilian State.