A caracterÃstica básica dos tempos hipermodernos, que
tem inÃcio na segunda metade do século XX, é a cultura do excesso. As
lentes dos óculos que usamos parecem estar desreguladas, com um
grau maior do que o necessário. As coisas se tornam intensas e
urgentes e a velocidade das mudanças é quase igual à velocidade da
luz, levando as pessoas a viverem esta aceleração como angústia,
incapazes de distinguir o que é realmente necessário e importante e o
que é passageiro e transitório. Para acompanhar essa velocidade, há
uma transformação nos estilos, uma identificação imediata com tudo
que aparece, uma vez que falta tempo hábil para o exercÃcio da dúvida
e da criticidade. O objetivo deste trabalho é investigar o papel do
humor nesta sociedade hipermoderna.