Nosso objetivo central aqui neste texto é caracterizar o trabalho de rua em Salvador (vendedores ambulantes, camelôs...) dentro do cenário mais geral de acumulação capitalista, ou seja, situar a informalidade de rua dentro do contexto de subsunção ao capital. Assim, pretende-se, em certa medida, demonstrar as determinações contidas na atividade de rua que estão para além da sua forma primeira, para além da aparência. Dessa maneira, este texto delineia-se como uma tentativa de rompimento com o “pensamento comum” sobre a Coisa e sua forma superficial, aparente. Forma essa que, segundo Kosik (1976, p.15), “...não constitui uma qualidade natural da coisa e da realidade: é a projeção, na consciência do sujeito, de determinadas condições históricas petrificadas”.