O presente ensaio busca tecer reflexões acerca do estranhamento do trabalho sobre o lazer. Para isso, partimos de discussões relacionadas à categoria trabalho e das quatro dimensões do estranhamento humano discutidas por Marx nos Manuscritos Econômico-Filosóficos de 1844, nas quais os seres humanos são alheios: (1) aos produtos ou resultados de suas atividades, (2) ao processo de realização da atividade, (3) a si mesmo e a outros seres humanos e (4) à natureza em que vivem. Em seguida, discutimos as dimensões do estranhamento do trabalho sobre o lazer e apontamos que essas dimensões também se manifestam neste fenômeno. Todavia, ao considerarmos que o processo e o resultado do lazer não são necessariamente alheios aos seres humanos, torna-se possível a construção de uma perspectiva não estranhada de lazer.
he present text seeks to trace reflections over the alienation of labor on leisure. For this, we will analyze the work category and the four dimensions of human alienation placed by Marx in Economic Manuscripts: (1) to the products or results of their activities, (2) to the realization process of the activity, (3) to oneself and to other human beings and (4) to the nature where they live. Then, we discuss the dimensions of the alienation of labor on leisure and we defend they occur on it. However, that brings us the possibility of another not alienated perspective about the process and the outcome of leisure, since they are not totally unfamiliar to the human being.
El presente ensayo busca tejer reflexiones sobre el extrañamiento del trabajo sobre el ocio. Para esto, vamos a partir de análisis de la categoría trabajo y de las cuatro dimensiones del extrañamiento humano apuntadas por Marx en los Manuscritos Económicos y Filosóficos de 1844, en el que los seres humanos están ajenos: (1) a los productos o resultados de sus actividades, (2) al proceso de realización de la actividad, (3) a si mismo y a otros seres humanos y (4) a la naturaleza en que viven. Enseguida, hablamos acerca de las dimensiones del extrañamiento del trabajo sobre ocio y defendemos que estas dimensiones se manifiestan en el ocio. Sin embargo, dada la posibilidad de que el proceso y el producto del ocio humano no están ajenos a los que el exteriorizado, lo que nos lleva a la posibilidad de otra perspectiva no extrañada sobre el proceso y resultado del ocio, ya que estos no son totalmente ajenos al ser humano.