Trabalho imaterial e resistência na contemporaneidade

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Início Publicação: 31/10/1969
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Saúde coletiva

Trabalho imaterial e resistência na contemporaneidade

Ano: 2006 | Volume: 20 | Número: 1
Autores: Carmem Ligia Iochins Grisci, Vânia Gisele Bessi
Autor Correspondente: Carmem Ligia Iochins Grisci | [email protected]

Palavras-chave: saúde do trabalhador condições de trabalho tecnologia da informação

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente ensaio teórico tem como objetivo discutir que
possibilidades de resistência se apresentam no cotidiano
do trabalho imaterial, potencializado pelas Tecnologias de
Informação e Comunicação, bem como os possíveis modos
de expressão que a resistência assume. Para tanto,
coloca-se em pauta a noção de trabalho imaterial a partir
do que nos propõem os autores Hardt, Lazzarato e Negri,
que apresentam a mobilização subjetiva dos trabalhadores
como central na nova relação produção-consumo que se
estabelece atualmente. Encaminhamos a discussão no sentido
de que, se o trabalho imaterial anuncia possibilidades
outras aos trabalhadores no sentido de que estes são chamados
a serem sujeitos do trabalho, anuncia também outras
exigências que dizem de uma disponibilidade total
desses trabalhadores frente às demandas do trabalho. Nesse
sentido, a questão da resistência mostra-se relevante e
instiga a pensar: como os trabalhadores contemporâneos
resistem às investidas do capital para regular e homogeneizar
o trabalho imaterial, e apropriar-se deste.



Resumo Inglês:

The goal of this theoretical essay is to discuss on which
possibilities of resistance are present in the everyday life
of immaterial work, which is potentialized by the Information
and Communication Technologies, as well as on
which possible forms of expression this resistance assumes.
Therefore, we highlight the notion of immaterial
work, based on the proposals of the authors Hardt, Lazzarato
and Negri, who present the subjective mobilization
of workers as a central point in the new productionconsumption
relationship that is presently established.
We direct the discussion in the sense that, if immaterial
work announces different possibilities to workers, in the
sense that they are called upon to become the subject of
work, it also announces other requirements that translate
into a full availability of these workers, given the demands
of their work. In this sense, the question of resistance
shows itself relevant and urges us to think: how do contemporary
workers resist the attempt of capital toward
regulating and homogenizing immaterial work, and appropriating
this work.