Neste artigo, proponho uma leitura do poema “Ceia”, publicado por José Paulo Paes, em Prosas seguidas de odes mínimas, procurando vislumbrar o alcance crítico do plano metafórico no que concerne à discussão da relação entre tradição e talento individual, numa perspectiva que recobre a poesia moderna de modo geral e, de modo muito especial, a obra específica desse poeta, o qual confessadamente procurava se apropriar de “todos os versos já cantados” pelos seus antepassados literários.