Ao avaliar o processo histórico e cultural do déficit orçamentário brasileiro, consideraremos duas etapas distintas. A primeira caracterizada por desiquilÃbrios orçamentários esporádicos, variando de acordo com a alternância no domÃnio do poder do Estado e que culmina na legitimação do financiamento de orçamentos deficitários. A segunda, marcada pelo aumento da dimensão estrutural do déficit, que consolidou o desequilÃbrio financeiro do setor público brasileiro resultando no desenfreamento afluxo de capital externo para o financiamento de investimentos públicos, que se avolumou com as duas crises posteriores que assolaram o mercado financeiro internacional: a do petróleo e da elevação das taxas de juros.