A trajetória e a funcionalidade da universidade pública brasileira

Revista Gestão Universitária Na América Latina

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ISSN: 19834535
Editor Chefe: Pedro Antônio de Melo
Início Publicação: 31/12/2006
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Administração

A trajetória e a funcionalidade da universidade pública brasileira

Ano: 2013 | Volume: 6 | Número: 1
Autores: Júnia Maria Zandonade Falqueto, Josivania Silva Farias
Autor Correspondente: Júnia Maria Zandonade Falqueto | [email protected]

Palavras-chave: Universidade Pública. Burocracia. Gerencialismo.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este trabalho propõe uma reflexão sobre o modelo de gestão das universidades federais brasileiras. O objetivo principal é analisar a influência de dois importantes modelos de gestão pública (a burocracia e o gerencialismo) na gestão universitária do País. Inicialmente, discute-se a trajetória da universidade na América Latina, enfatizando o histórico brasileiro. Em seguida, analisa-se a influência do modelo burocrático. Por fim, delineia-se a lógica gerencial na gestão da educação superior brasileira, admitindo se tratar de um novo paradigma à gestão universitária. Parte-se de um aparato teórico que subsidia o desenvolvimento da discussão acerca da trajetória e da funcionalidade dessas instituições. Os resultados evidenciaram que as universidades brasileiras são geridas a partir de estruturas burocráticas, ocasionando um cenário de conflitos na tomada de decisão e de pouca eficiência, embora já se verifique, na literatura e também no cotidiano dessas organizações, o discurso gerencialista, que pressupõe o ajuste das universidades à lógica de gestão do setor privado. Não se defende aqui que universidades públicas devam ser desvirtuadas para a lógica privatizadora do bem público e gratuito, tampouco percam sua autonomia. Porém, seria salutar repensar o combate às características prejudiciais à sua gestão: o corporativismo, o excesso de regras e a rigidez.



Resumo Inglês:

This paper aims at a reflection on the management model of the Brazilian federal universities. The main objective is to analyze the influence of two important models of public administration (bureaucracy and managerialism) on university management in the country. Initially, the history of the university in Latin America is brought under appreciation, emphasizing the history of Brazil. Next the influence of the bureaucratic model will come under close scrutiny. Finally, this paper addresses the managerial logic as regards Brazilian higher education, assuming it is a new paradigm to the university management. It starts with a theoretical apparatus that subsidizes the development of critical thinking about the trajectory and functionality of these institutions. The results show that Brazilian universities are managed from bureaucratic structures, leading to a scenario which proves low-achieving and conducive to conflicts in decision making, although the literature and the daily life of these organizations alike already mirror the managerialist discourse which assumes the adjustment of universities to the logic of management as viewed in the private sector. There is no advocating here that public universities should be veered into the privatization-minded logic of the public, good and free, nor deprived of their autonomy. However, it might prove salutary to rethink the struggle against such characteristics harmful to the management of them as corporatism, the excess of rules and rigidity.