O presente artigo é uma reflexão acerca das analogias entre a literatura contemporânea da escravidão no Brasil e colonialismo na África, à luz da produção historiográfica. Inicialmente, é desenvolvida uma discussão sobre as possibilidades de mobilidade dos sujeitos – colonizado e escravizado – no interior dos respectivos sistemas. Na sequência, o debate em torno das possibilidades de liberdade individual e remodelação do sistema escravista/colonial, a partir das considerações do norte-americano Frederick Cooper, de Giovanni Levi e dos brasileiros João José Reis e Eduardo Silva. Por fim, o artigo faz uma reflexão acerca do emprego da categoria “resistência” para a elucidação de tais processos históricos.
The present article is a reflection about the analogies between contemporary literature on slavery in Brazil and Colonialism in Africa in the historiographic production. Initially, a discussion is developed about the opportunities of mobility by the – colonized and enslaved – subjects within the respective systems. Next, a debate follows on the possibilities of individual freedom and on a remodeling of the slave/colonial system, based on the considerations of the North American author Frederick Cooper, of Giovanni Levi and of the Brazilian authors João José Reis, and Eduardo Silva. Finally, the text presents a reflection on the category of use of the “resistance” for the elucidation of such historical processes.