Transcendental Deduction against Hume’s challenge to reason

Kant e-prints

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ISSN: 1677-163X
Editor Chefe: Daniel Omar Perez
Início Publicação: 01/01/2002
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas

Transcendental Deduction against Hume’s challenge to reason

Ano: 2020 | Volume: 14 | Número: 2
Autores: R. H. de S. Pereira
Autor Correspondente: R. H. de S. Pereira | [email protected]

Palavras-chave: transcendental deduction, Hume’s challenge to reason, the principle of uniformity of nature.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Desde a segunda metade do século passado, vige no mundo anglófono a compreensão de que a Dedução Transcendental de Kant objetiva defender nossa visão compartilhada de mundo de senso comum como composto de particularidades públicas e objetivas contra algumas formas não qualificadas de ceticismo. Essa suposição generalizada levantou sérias dúvidas não apenas sobre o sucesso do TD, mas também sobre a própria natureza do seu argumento em ambas as edições da Crítica. No entanto, se há uma conexão entre a Dedução Transcendental e o ceticismo global, a pergunta pertinente que se coloca é: quem seria esse cético? De acordo com Strawson, “o cético” é o nome da hipótese de que a nossa experiência se reduziria puramente de dados dos sentidos. Assumindo, em contrapartida, que a noção capital na Dedução Transcendental é a noção de autoconsciência,vários outros estudiosos foram induzidos erroneamente a supor que “o cético”não seriam ninguém menos do que o cético cartesiano do mundo externo. Entretanto, nenhuma dessas leituras encontra suporte textual ou é compatível com a própria estrutura da primeira Crítica. Isso significa que a Dedução Transcendental visavaapenas minar o empirismo, como sugere Guyer? Essa não é a minha posição. Estou plenamente convencido de que a Dedução Transcendental é endereçada a forma peculiar de ceticismo global, ou seja, o que Kant denominava “o desafio de Hume à razão”. Assumindo que conhecemos (erkennen) e experimentamos (erfahren) as aparências como objetos como um requisito da física newtoniana, a Dedução Transcendental visa fornecer uma justificação para o princípio da uniformidade da natureza que seria superior àquela fornecida por Hume.



Resumo Inglês:

From the second half of the last century there is a widespread view in the Anglophone world that Kant’s transcendental deduction (aka TD) aims to vindicate our common-sense view of the world as composed of public and objective particulars against some unqualified formsof skepticism.This widespread assumption has raised serious doubt not only about the success of TD but also about the very nature of its argument in both editions of the Critique. Yet, if there is a connection between TD and global skepticism, the intriguing question is: Who is this skeptic? According to Strawson, “the skeptic”is a hypothesis of a purely sense-datum experience. In contrast, the fact that TD turns on the key notion of self-consciousness has induced several other scholars to assume that the skeptic is no nonebut a Cartesian external-world skeptic. None of those readings find textual support or are compatible with the very structure of the first Critique. The question is: Does this mean that TD aims only to undermine empiricism as Guyersuggests? I do not believeso. I am pretty convinced that TD addresses a peculiar form of global skepticism, namely “Hume’s challenge to reason.”Assuming that we cognize(erkennen)and experience (erfahren) appearances as objects as a requirement Newtonian physics, TD aims to provide a justification of the principle that nature is uniform that is superior to Hume’sjustification.