O trabalho procura analisar as dimensões da Escola do Recife enquanto objeto de investigação em torno das transferências culturais na crítica do pensamento nacional. Para tanto, procuramos compreender a relação teórica entre contextos de apropriação e os principais temas, conceitos, ideias e debates relacionados à Escola, principalmente ao núcleo referencial formado por Tobias Barreto e Sílvio Romero. Para tanto, cruzamos a dimensão teórica, historiográfica e empírica a fim de compreender as reverberações dessas dinâmicas de circulação de ideias entre gerações diversas de intelectuais e suas obras. No presente trabalho nos atemos as possibilidades de interconexão entre a noção de “contexto de apropriação” no caso da trajetória da Escola do Recife dentro da chamada “crítica do pensamento nacional”, dos “intérpretes do Brasil”, ou ainda, das tensões inerentes às nossas tradições intelectuais.