A partir de uma crítica de concepções arquitetônicas dos espaços teatrais e contextualizando suas transformações numa perspectiva histórico-cultural, o artigo discute maneiras como sair ou não sair do dispositivo de espaço à italiano. Discute até que ponto as perturbações e desafirmações do espaço à italiano, apresentados ao longo do ensaio, podem servir para elucidar a afirmação de Agamben de que a profanação de um dispositivo evidencia o ponto de ingovernabilidade que está na partida e no fim de qualquer prática política.
Taking a critique of mere architectural conceptions of theatrical spaces as its starting point, this paper discusses different ways of undermining the proscenium stage as what can be called a dispositif or apparatus of perception. It discusses up to which point the perturbation, negation and disaffirmation of the italian stage, carried out through different spatial conception by the performances analysed in this paper, can serve to exemplify Agamben’s afirmation that the profanation of a (political) dispositif highlights the point of ungovernability that exists at the beginning and the end of any political praxis.