A agenda de pesquisa sobre o tema das indústrias criativas segue pertinente desde que foi concebida no contexto da última década do século XX. As mudanças paradigmáticas, que colocarem o assunto em evidência, correspondem a alterações do próprio capitalismo no momento de consolidação do neoliberalismo e substituição do modelo de produção industrial para a valorização intelectual. Este artigo de revisão narrativa, baseado em pesquisa bibliográfica exploratória, se debruça sobre o progresso conceitual da indústria criativa para a economia criativa. Os resultados apontam para o distanciamento entre os conceitos de indústrias culturais e indústrias criativas, mas aproximação deste último com a economia criativa, por vezes confundidos. Baseada na propriedade intelectual e capital simbólico, as estratégias para seu desenvolvimento parecem corresponder ao crescimento econômico, social e preservação cultural e artística, respondendo ao desenvolvimento sustentável dos territórios.