Recentemente o crack passou a figurar com frequência em notícias de jornais
impressos e televisivos, da mesma forma que nos últimos anos se multiplicaram
campanhas para o combate ao uso da droga. O que se percebe é que, incitados
pelo medo, diversas pessoas mobilizam sua atenção e recursos para o combate ao
crack e seu uso, e que parte desse medo advém de notícias e campanhas
alarmistas, como o caso analisado, o vídeo Zombie – A Origem, produzido pela
Associação Parceria Contra as Drogas, o qual faz parte de uma campanha para o
combate ao uso do crack. No vídeo, o usuário de crack é representado como zumbi,
e a campanha que se propunha esclarecedora toma ares exagerados. Por essa
razão, procura-se analisar como tal campanha acaba por mais criar medo do que
esclarecer, da mesma forma que generaliza de diversas formas o usuário de crack
como desviante.
Recently, the crack cocaine began to frequently appear in news, in the same way that
multiplied in recent years campaigns to combat drug use. What is noticeable is that,
spurred by fear, many people mobilize their attention and resources to the crack and
its use, and part of that fear comes from alarmist news and campaigns, as the case
analyzed, the video Zombie - The Origin, produced by Associação Parceria Contra
as Drogas, which is part of a campaign to combat the use of crack. In this video the
crack user is represented as a zombie, and the campaign which aimed to be
illustrative takes exaggerated airs. For this reason, in this article, such video is
analyzed to understand how the crack user is generalized, in many ways, as a
deviant, and the way this campaing creates more fear than elighten.