Tendo como enfoque o pensamento decolonial, o presente artigo discute o papel crítico e social do arquiteto urbanista a partir da sua formação acadêmica. Através de uma leitura cruzada entre o Brasil e Moçambique, analisa-se a forma de pensar e conceber cidade a partir do caso concreto da capital moçambicana, orientando posteriormente o olhar para a universidade e o seu trabalho de extensão como forma de romper o processo de homogeneização e abstração do espaço. Este percurso demonstra que novos métodos, abordagens e práticas são necessários para um reconhecimento da pluralidade de existências e para a efetivação de um diálogo e ação política comprometidos com a decolonização do ser, do saber e do poder.
Focusing on critical thinking and a decolonial approach, this article discusses the social role of the architect-urbanist from his academic background. Through a cross reading between Mozambique and Brazil, the way of thinking and conceiving the city is analysed through the concrete case of the Mozambican capital, Maputo. Subsequently, we orient the look towards the university and its extension work as a way to break the process of universalization, homogenization and abstraction of space. This path demonstrates that new methods, approaches and practices are necessary to recognise the plurality of existences and to carry out a political dialogue and action committed to the decolonisation of being, knowledge and power