A reestruturação da atenção em saúde mental no Brasil, preconizada pelo Movimento da Reforma Psiquiátrica se insere além da oferta de novos serviços ou da reestruturação de modelos assistenciais. Por se tratar de uma profunda alteração da resposta social à loucura, implica mudanças de ordem polÃtica, ideológica, ética e das concepções de clÃnica e reabilitação. No presente artigo, identificamos alguns impasses advindos da inserção do Movimento da Reforma Psiquiátrica nas polÃticas dos governos estaduais e do federal, abordamos questões originadas da transposição das diretrizes desta última para o plano operacional nos serviços e finalmente discutimos o papel estratégico da gestão destes últimos na tradução das diretrizes gerais em práticas assistenciais qualificadas.