Os transtornos mentais comuns (TMC) representam os quadros menos graves e mais frequentes de transtorno mental. O Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20) é um instrumento desenvolvido para rastrear distúrbios psiquiátricos, validado no Brasil e recomendado pela Organização Mundial da Saúde. Composto por 20 perguntas com respostas dicotômicas (sim ou não), sobre sintomas físicos e desordens psicoemocionais. O estudo objetivou estimar a prevalência de TMC em uma população de estudantes do curso de medicina (primeiro ano e internato) da UNITPAC. Trata-se de um estudo descritivo de corte transversal e censitário realizado em setembro de 2017 envolvendo 199 acadêmicos do curso de medicina. Para o rastreamento de TMC, utilizou-se o SRQ-20 respondido de forma autoaplicável e anônima. A prevalência encontrada foi de 47,87%, sendo maior entre alunos do primeiro ano (53,2%), sexo feminino (51, 79%) e menor ou igual a 19 anos (50,98%). Estes dados demonstram uma elevada prevalência de TMC na amostra pesquisada e indica a necessidade de ações voltadas para saúde mental dos estudantes e reflexão do processo de ensino-aprendizagem. Neste sentido, quanto mais precocemente os estudantes de medicina puderem refletir sobre seu próprio cotidiano e qualidade de vida, terão melhores condições para lidar com seus anseios e dificuldades e, assim, contribuir com o próximo.
Common mental disorders (CMD) represent the milder and more frequent conditions of mental disorder. The SelfReporting Questionnaire (SRQ-20) is an instrument developed to track psychiatric disorders, it is validated in Brazil and recommended by the World Health Organization. It consists of 20 questions with dichotomous answers (yes or no), about physical symptoms and psychoemotional disorders. This study wanted to estimate the prevalence of CMD in a population of medical students (first year and medical internship) at UNITPAC. It’s a descriptive cross-sectional and census study done in September 2017 involving 199 medical students. For the CMD tracking, the SRQ-20 was answered in a self-applicative and anonymous way. The prevalence was 47,87%, higher among first-year students (53,2%), female (51,79%) and less than or equal to 19 years old (50,98%). These elements demonstrate a high prevalence of CMD in the specimen and indicate the need for actions focused on the mental health of students and reflection on the teaching-learning process. In this context, medical students should reflect early on their own daily life and quality of life, because in this way, they will have better conditions to deal with their troubles and difficulties and thus contribute with others.
