Estudos apontam que a realização mais precoce de traqueostomia pode prevenir complicações
decorrentes da intubação traqueal, tais como: ulceração da mucosa, edema de laringe,
disfunção da mecânica respiratória e, em menor escala, a ocorrência de estridor larÃngeo pósextubação.
Porém, estudo sistemático concluiu que não há evidências suficientes para
embasar o pressuposto de que o tempo da traqueostomia afeta a duração da ventilação
mecânica ou a extensão da lesão na via aérea em pacientes graves. Dessa forma, o perÃodo
ideal para realização da traqueostomia ainda é controverso, devido à inexistência de diretrizes
para selecionar qual paciente se beneficiaria do procedimento mais precocemente ou mais
tardiamente. Este fator colabora para que sua realização seja baseada em aspectos clÃnicos
subjetivos, transformando-a em decisão individual de cada serviço ou do próprio intensivista. O
presente estudo objetiva descrever o perfil e a evolução dos pacientes submetidos Ã
traqueostomia em relação ao perÃodo em que foi realizada através de análise retrospectiva dos
prontuários médicos dos pacientes que foram submetidos à traqueostomia nos leitos das UTI’s
no Centro de Terapia Intensiva (CTI) adulto da Santa Casa de Misericórdia, na cidade de Belo
Horizonte - MG, no perÃodo de abril de 2009 a março de 2011.