Introdução: as infecções sexualmente transmissíveis representam um problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Dentre as mais incidentes encontra-se a Sífilis, transmitida predominantemente por via sexual e vertical. Materiais e Métodos: Estudo observacional, retrospectivo e transversal de caráter descritivo e exploratório, realizado por meio de análise de notificações compulsórias e prontuários de gestantes notificadas no momento do parto, na maternidade do Hospital Universitário Gaffré e Guinle da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, tendo como recorte o período de dezembro 2019 a dezembro de 2021. Estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da instituição sob parecer nº 5.614.121, tendo como objetivo identificar a classificação clínica e o tratamento ofertado às gestantes com sífilis e seus recém-nascidos na maternidade do hospital universitário com aquelas previstas no protocolo de diretrizes terapêuticas do Ministério de Saúde. Resultados: foram analisados dados de 162 gestantes e 165 recém-nascidos. 85,19% das gestantes tiveram diagnóstico de sífilis durante o pré-natal e em 79,39% dos recém-nascidos o resultado do teste não treponênico no sangue periférico foi reagente. Discussão: um dos grandes problemas para a diminuição dos casos de sífilis em gestantes e sífilis congênita apresenta relação direta com a adesão ao tratamento, entretanto a qualidade da classificação e tratamento quando aplicado os critérios das diretrizes clínicas não são comprometidos. Conclusão: não houve diferença significativa entre o tratamento realizado na maternidade do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle e o preconizado no protocolo de diretrizes terapêuticas do Ministério da Saúde.