A correção endovascular das doenças aórticas
está bem estabelecida como alternativa terapêutica para
pacientes com anatomia adequada e/ou alto risco cirúrgico,
proporcionando menores taxas de morbidade e mortalidade.
Nosso objetivo foi analisar os resultados do tratamento de
pacientes assintomáticos submetidos a tratamento endovascular
de dissecções de aorta torácica complicadas, seja
por diâmetro aórtico > 5,5 cm ou vazamentos. Avaliamos
o sucesso técnico, o sucesso terapêutico, a morbidade e a
mortalidade, e as taxas de complicações perioperatórias e de
reintervenções Métodos: Estudo retrospectivo, realizado em
um centro de referência, no perÃodo de janeiro de 2010 a
julho de 2011, em que foram analisados pacientes consecutivos
submetidos a correção endovascular de dissecção crônica
de aorta tipo B complicada pela classificação de Stanford.
Resultados: Foram tratados 26 pacientes. A média de idade
foi de 56,4 ± 7 anos e 61,5% eram do sexo masculino. Os
sucessos técnico e terapêutico foram de 100% e 74%, respectivamente.
A mortalidade perioperatória foi de 7,6% e a
taxa de mortalidade no primeiro ano de seguimento foi de
19,3%. A taxa de reintervenção foi de 15,3%. Conclusões:
Em nosso estudo, o tratamento endovascular da dissecção
crônica de aorta tipo B demonstrou ser um método viável e
associado a aceitáveis taxas de complicações perioperatórias.As taxas de sucesso terapêutico e de reintervenções obtidas
demonstram a necessidade de seguimento clÃnico rigoroso e
atento desses pacientes.
Endovascular repair of aortic diseases is a wellestablished
therapeutic alternative for patients with appropriate
anatomy and/or high surgical risk, providing lower morbidity
and mortality rates. This study aimed at analyzing the outcomes
of asymptomatic patients undergoing endovascular treatment
of thoracic aortic dissections with aortic diameter > 5.5 cm or
endoleaks. Technical success, therapeutic success, morbidity
and mortality and perioperative complication and reintervention
rates were assessed. Methods: Retrospective study, performed
at a reference center from January 2010 to July 2011, which
analyzed consecutive patients undergoing endovascular repair
of chronic complicated type B aortic dissection according
to Stanford classification. Results: Twenty-six patients were
treated. Mean age was 56.4 ± 7 years and 61.5% were male.
Technical and therapeutic success rates were 100% and
74%, respectively. Perioperative mortality was 7.6% and the
mortality rate in the first year of follow-up was 19.3%. The
reintervention rate was 15.3%. Conclusions: In our study, the
endovascular treatment of chronic type B aortic dissection
proved to be a feasible method with acceptable perioperative
complication rates. Therapeutic success and reinterventionrates demonstrated the need of a close and careful clinical
follow-up of these patients.