Treinamento esfincteriano anal: estudo transversal em crianças de 3 a 6 anos de idade/ Bowel toilet training: a cross-sectional study in children between 3 and 6 years old

Revista Paulista De Pediatria

Endereço:
Alameda Santos, 211 - 5° andar, Conj. 501/502/511/512
São Paulo / SP
Site: http://www.spsp.org.br
Telefone: (11) 3284-9809
ISSN: 1030582
Editor Chefe: NULL
Início Publicação: 31/12/1992
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Medicina

Treinamento esfincteriano anal: estudo transversal em crianças de 3 a 6 anos de idade/ Bowel toilet training: a cross-sectional study in children between 3 and 6 years old

Ano: 2011 | Volume: 29 | Número: 3
Autores: J. E Miranda, N. C. Machado
Autor Correspondente: N. C. Machado | [email protected]

Palavras-chave: treinamento no uso de toalete; desenvolvimento/ toilet training; child development; child,

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Objetivo: Avaliar o treinamento do controle esfincteriano
anal em crianças, por meio de entrevista aplicada aos pais
ou cuidadores.
Métodos: Estudo de corte transversal em crianças sadias,
aplicando-se um questionário estruturado para 100 responsáveis
por crianças entre três e seis anos de idade.
Resultados: 97% das crianças foram treinadas em casa pelas
mães e 92% delas utilizaram a intuição, a experiência com o
filho anterior e o aprendizado com as avós. O treinamento do
controle esfincteriano anal e vesical foi iniciado simultaneamente
em 84% dos casos, sendo o controle anal adquirido primeiramente
em 41% das crianças. As mães com escolaridade menor e
das classes C-D-E iniciaram o treinamento mais precocemente,
sendo um dos fatores relatados o custo das fraldas. Não houve
diferença entre meninos e meninas para idade de início e duração
do treinamento. As crianças apresentavam a maioria dos “sinais
de prontidão” para o início do treinamento e, das crianças que
foram treinadas no vaso sanitário, uma pequena parcela utilizou
redutor e apoio para os pés. Não houve aumento significativo
de constipação intestinal após o treinamento e não foram observados
casos de encoprese.
Conclusões: As mães foram as responsáveis pelo treinamento
esfincteriano anal e o iniciaram sem auxílio especializado.
Nas classes sociais C-D-E, o custo das fraldas foi determinante
para o início do treinamento esfincteriano anal.



Resumo Inglês:

Objective: To assess the practice of children’s toilet
training through interviews with parents and caretakers.
Methods: A cross-sectional study of healthy children
using a questionnaire applied to parents or caretakers of 100
consecutive children aged 3 to 6 years old.
Results: 97% of the children were home-trained by
their mothers and 92% of them used their intuition, previous
experience with an older child and grandmothers’
experience. Bowel and bladder toilet training started
simultaneously in 84% of the cases, whereas 41% of the
children mastered stool control earlier. Mothers with
lower educational level and of social classes C, D and E
initiated the training earlier and one of the related reasons
was the cost of disposable diapers. Age in initiation or
duration of toilet training was similar for boys and girls.
Children presented most of the “readiness symptoms” for
toilet training and only a small number of them used a
seat reducer or a foot support. There was no increase in
constipation prevalence after toilet training and there
was no encopresis.
Conclusions: Mothers were responsible for bowel toilet
training and initiated it with no specialized help. In C-D-E
social classes, the cost of diapers was determinant to initiate
bowel toilet training.



Resumo Espanhol:

Objetivo: Evaluar el entrenamiento del control del esfínter
anal en niños, mediante entrevista aplicada a los padres
o cuidadores.
Métodos: Estudio de corte transversal en niños sanos,
aplicando un cuestionario estructurado para 100 responsables
por niños entre 3 y 6 años de edad.
Resultados: El 97% de los niños fueron entrenados en
casa por las madres y el 92% de ellas utilizaron la intuición,
la experiencia con el hijo anterior y el aprendizaje con las
abuelas. El entrenamiento de los controles del esfínter anal
y vesical fue iniciado simultáneamente en 84% de los casos,
siendo el control anal adquirido primeramente en 41% de
los niños. Las madres con escolaridad menor y de las clases
C-D-E inician el entrenamiento más temprano, siendo
uno de los factores informados el costo de los pañales. No
hubo diferencia entre niños y niñas para la edad de inicio
y duración del entrenamiento. Los niños presentaban la
mayoría de las “señales de estar listos» para el inicio del
entrenamiento y, en los niños que fueron entrenados en
el retrete, una pequeña parcela usó reductor y apoyapiés.
No hubo aumento significativo de constipación intestinal
después del entrenamiento y no se observaron casos de
encopresis.
Conclusiones: Las madres fueron las responsables del entrenamiento
del esfínter anal y lo iniciaron sin ayuda especializada.
Las principales contribuciones de este estudio fueron:
1) la definición de “señales de estar listo” más frecuentes para
el inicio del entrenamiento del esfínter anal; 2) en las clases
sociales C-D-E el costo de los pañales fue determinante para
el inicio del entrenamiento del esfínter anal.

Palabras clave: entrenamiento en el uso de retrete; desarrollo
infantil; pre-escolar.