Objetiva-se compreender como se traduz nas ações cotidianas as práticas de aprendizagem dos agentes diante dos treinamentos corporativos. A aprendizagem organizacional, na perspectiva da teoria da prática é mais que um processo de ensino-aprendizagem e sim de subjetivação e (re)significação cotidiana que legitima as ações organizacionais correlacionando-as com as práticas cotidianas. A metodologia é qualitativa de estudo de caso, aplicando doze questionários semiabertos em uma empresa familiar. Conclui-se que há movimento de resistência, o que integra a textura organizacional, a formação do knowing individual, a influência no knowledge grupal, gerando consciência coletiva de que as práticas cotidianas não são coerentes com as ações de treinamento corporativo. Entretanto não há evidencias de um embate direto, denotando que o poder e a dominância cultural são dinâmicas relacionais, que interferem no desenvolvimento de ações inovadoras no contexto organizacional, indo na contramão da intencionalidade das ações de aprendizagem organizacional como pensadas pela organização.
The main goal of this article is to understand how agents' learning practices are translated into daily actions in the face of corporate training. Organizational learning, from the perspective of theory of practice, is more than a teaching-learning process, but subjectivity and everyday (re) meaning that legitimizes organizational actions by correlating them with everyday practices. The methodology is a qualitative case study, applying twelve semi-open questionnaires in a family business. It is concluded that there is a resistance movement, which integrates the organizational texture, the formation of individual knowing, the influence on group knowledge, generating collective awareness that the daily practices are not coherent with the corporate training actions. However, there is no evidence of a direct clash, denoting that power and cultural dominance are relational dynamics, which interfere in the development of innovative actions in the organizational context, going against the intentionality of organizational learning actions as thought by the organization.
