TRILHAS DE GÊNERO, ARMADILHAS DO PENSAMENTO: POLÍTICAS DA MASCULINIDADE EM UM CURRÍCULO DE MEDICINA

Opsis

Endereço:
AV. DR. LAMARTINE PINTO DE AVELAR 1120 Caixa Postal: 536
Catalão / GO
75704120
Site: http://www.revistas.ufg.br/index.php/opsis
Telefone: (64) 3441-5309
ISSN: 15193276
Editor Chefe: Teresinha Maria Duarte
Início Publicação: 30/04/2001
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: História

TRILHAS DE GÊNERO, ARMADILHAS DO PENSAMENTO: POLÍTICAS DA MASCULINIDADE EM UM CURRÍCULO DE MEDICINA

Ano: 2013 | Volume: 13 | Número: 2
Autores: A. F. S. Leite, T. R. M. Oliveira
Autor Correspondente: A. F. S. Leite | [email protected]

Palavras-chave: Currículo Médico, Performatividade de Gênero, Masculinidades./ Medical Curriculum, Gender Performativity, Masculinities./ Currículo Medico, Performatividad de Género, Masculinidades.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Neste artigo, acompanham-se as trilhas de gênero traçadas por entre
um currículo de Medicina e os itinerários produzidos pelas dinâmicas de sua
performatividade de gênero. Seu objeto de investigação são relações de gênero
na formação de médicos e médicas com o objetivo de problematizar o modo
pelo qual a razão política das formas de pensamento do currículo da medicina
funciona pressupondo uma pedagogia de gênero imbricada em uma política da
masculinidade. O argumento desenvolvido é que um conjunto de mecanismos e
sistemas de raciocínios generificados permitem que a experiência da masculinidade
torne-se explicável e viável em um currículo de medicina. Explora-se, deste
modo, a articulação e ambivalência da dupla demanda sobre a performance da
masculinidade médica. Por um lado, de que modo o tornar-se homem e médico
é suturado e associado a um sucesso garantido e seguro no campo das relações
amorosas, em face das insígnias e ornamentos que lhe agregam status, na medida
em que dão provas de sua masculinidade heterossexual. Por outro, como o
funcionamento deste currículo introduz e naturaliza uma série de argumentos
de que homens são naturalmente ajustáveis à esfera intelectual e ao exercício da
medicina pelo tipo de evidência corporal e cognitiva que são capazes de gerar.
Assinala-se, assim, como essa política de masculinidade funcionaria com base
em dois tempos aparentemente antagônicos, mas que paradoxalmente se sustentam e se formatam conforme a demanda política e cultural que o currículo cria.



Resumo Inglês:

In this article, follow up the tracks of gender outlined in a curriculum
of Medicine and the routes produced by the dynamics of your performativity of
gender. His object of investigation are gender relations in the training doctors
with in order to discuss how the political reason of thought forms of medicine
works assuming a pedagogy gender imbricated in a politics of masculinity. The
argument developed is that a set of gendered systems of reasoning allow the
experience of masculinity becomes explicable in a medical curriculum and makes
herself male experience possible for the registration of its subjects. It is exploited
thus ambivalence and the articulation of the dual demand on the performance of
medical masculinity. On the one hand, how to become a man and doctor is sutured
and associated with a secure and guaranteed success in the field of romantic
relationships in the face of signs and ornaments that will add status to the extent
that they demonstrate their heterosexual masculinity. Second, as the operation
of this curriculum naturalize and introduces a series of arguments that men are
naturally adjustable to the intellectual sphere and the practice of medicine by
the type of evidence cognitive and corporal that are capable of generating. It is
noted, as well as, the policy of masculinity work based on two times seemingly
antagonistic, but paradoxically sustain themselves and each other that format
and run according to demand political and cultural that creates the curriculum.



Resumo Espanhol:

En este artículo, se acompaña las trillas de género trazadas por entre
en currículo de Medicina y los itinerarios producidos por las dinámicas de su
perfomatividad de género. Su objetivo de investigación son relaciones de género
en la formación de médicos y médicas con el objetivo de problematizar el modo
por lo cual la razón política de las formas de pensamiento del currículo de la
medicina funciona presuponiendo una pedagogía de género imbricada en una
política de la masculinidad. El argumento desarrollado es que un conjunto de
mecanismos y sistemas de raciocinios generificados permiten que la experiencia
de la masculinidad se vuelva explicable y viable en un currículo de medicina. Se
explora, de este modo, la articulación y ambivalencia del dúo demanda sobre la
performance de la masculinidad médica. Por un lado, de qué modo el volverse
hombre y medico es suturado y asociado a un suceso garantizado y seguro en el
campo de las relaciones amorosas, en virtud de las insignias y ornamentos que
le agregan status, en medida en que se dan pruebas de su masculinidad heterosexual.
Por otro, como el funcionamiento de este currículo introduce y naturaliza
una serie de argumentos de que hombres son naturalmente ajustables a la
esfera intelectual y al ejercicio de la medicina por el tipo de evidencia corporal y
cognitiva que son capaces de generar. Se señala, así, como esa política de masculinidad
funcionaria con base en dos tiempos aparentemente antagónicos, pero
que paradójicamente se sustentan y se formatean conforme la demanda política
y cultural que el currículo crea.