TROPICALISMO E BARBÁRIE: RESISTÊNCIA CULTURAL E DITADURA MILITAR NO BRASIL DOS ANOS 1960

Revista Binacional Brasil-Argentina

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ISSN: 2316-1205
Editor Chefe: José Rubens Mascarenhas de Almeida
Início Publicação: 30/06/2012
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Agrárias, Área de Estudo: Ciências Biológicas, Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Ciências Exatas, Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Engenharias, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

TROPICALISMO E BARBÁRIE: RESISTÊNCIA CULTURAL E DITADURA MILITAR NO BRASIL DOS ANOS 1960

Ano: 2019 | Volume: 8 | Número: 2
Autores: O. J. R. Oliveira
Autor Correspondente: O. J. R. Oliveira | [email protected]

Palavras-chave: Tropicalismo, Resistência Cultural, Barbárie. Ditadura Militar, Brasil

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A  partir  dos  índices  do  clima  repressivo  político-policial no Brasil do final dos anos 1960, enunciados nas letras das canções  tropicalistas,  identifica-se  e  analisa-se  o  caráter engajado-insurrecional   do   discurso   musical   produzido pelo    chamado    Grupo    Baiano    como    mecanismo    de enfrentamento  político  e  de  resistência  cultural  à  barbárie institucionalizada   com   a   consolidação   do   projeto de modernização  autoritária-conservadora  da  ditadura  militar instalada  com  o  golpe  de  abril  de  1964.  Destoandodopadrão  formal  do  alinhamento  dogmático  entre  arte  e política,  expressona temática  nacional-popular  da  canção engajada   do   período,   o   Grupo   Baiano   mediante   a intervenção tropicalista,incorporou o imaginário internacional  da  juventude –rock  n’roll  (Beatles,  Jimi Hendrix, Bob Dylan), drogas, liberdade sexual e rebeldia –àcanção  urbana,  tematizou  aspectos  da  sociedade  de consumo (a dimensão mercadológica da música popular) e valorizou  a  diversidade musical/rítmica  brasileira,  numa atitude   devoradora   queretomava   o   radicalismo   da vanguarda antropofágica do Modernismo de 1928.



Resumo Espanhol:

A partir de los índices del clima represivo político-policial en Brasil a finales dela década de 1960, enunciados en las etras de las canciones tropicalistas, se identifica y analiza el   carácter comprometido-insurreccional   del   discurso musical  producido  por  el  llamado  Grupo  Baiano  como mecanismo  de  enfrentamiento  político  y  de  resistenciacultural     a     la     barbarie     institucionalizada     con     la consolidación  del  proyecto  de  modernización  autoritaria-conservadora de la dictadura militar instalada con el golpe en  abril  de  1964.  Desentonando  del  patrón  formal  de alineamiento   dogmático   entre el   arteyla   política, expresado  en  la  temática  nacional-popular  de  la  canción implicada  con  el  período,  el  Grupo  Baiano,  a  través  de  la intervención tropicalista, incorporó el imaginario internacional  de  la  juventud -rock  n'roll  (Beatles,  Jimi Hendrix,  Bob  Dylan),  drogas,  libertad  sexual  y  rebeldía -en   las   canciones   urbanas,   aspectostemáticos   de   la sociedad  de  consumo  (la dimensión  mercadológica  de  la música popular) y valorizó la diversidad musical / rítmica brasileña,  en  una  actitud  devoradora  que  retomaba el radicalismo     de     la     vanguardia     antropofágica     del modernismo en 1928.