Tuning the city: Johannesburg and the 2010 World Cup

urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbana

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ISSN: 21753369
Editor Chefe: Rodrigo José Firmino, Harry Alberto Bollmann e Tomás Antonio Moreira
Início Publicação: 31/12/2008
Periodicidade: Semestral

Tuning the city: Johannesburg and the 2010 World Cup

Ano: 2011 | Volume: 3 | Número: 2
Autores: Andrea Pavoni
Autor Correspondente: Andrea Pavoni | [email protected]

Palavras-chave: megaeventos, tuning, segurança, copa do mundo.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo é sobre espaço, segurança e controle, sobre como se dá sua relação na cidade contemporânea, sobre como ordenamento(s) normativo(s) emerge(m) a partir da ‘confusão’ urbana, e especificamente como isso ocorre em extraordinários contextos espaçotemporais de megaeventos (ME). Inspirado, do ponto de vista teórico, nas vertentes da ecologia contemporânea e pós-fenomenológica da pesquisa geográfica, e baseado empiricamente em um trabalho de campo realizado na cidade de Joanesburgo durante a Copa do Mundo da FIFA em 2010, o artigo procura compreender a espacialidade urbana além das dicotomias comuns normalmente forçadas,3 ao abordar múltiplas aglomerações humanas e não humanas, de elementos tangíveis e intangíveis que a constituem. O principal objetivo é dar conta da forma como a organização do espaço da Copa do Mundo impõe impactos nessa espacialidade ou, em outras palavras, como se sobrepõem os ordenamentos das cidades e dos megaeventos, e ao custo de quais consequências. Esse objetivo é perseguido a partir do foco nos discursos, práticas e percepções sobre segurança, dada sua importância na produção da ordem urbana e na implementação dos MEs, bem como sua significativa relevância no contexto de uma África do Sul pós-apartheid, particularmente em sua metrópole mais problemática, Johanesburgo. Acredito que sejam necessárias teorizações mais sofisticadas e metodologias menos convencionais, se queremos compreender os impacto espacial de megaeventos nas cidades, com ênfase em seus resultados profundamente contextualizados e únicos, evitando a tendência de desenvolver modos padronizados para avaliar essa situação. Este artigo representa um movimento parcial nessa direção.



Resumo Inglês:

This paper is about space, security and control, how their relationship unfolds in the contemporary city, how normative ordering(s) emerge out of the urban ‘mess’, and specifically how this occurs in the extraordinary spatio-temporal context of the mega-event (ME). Theoretically inspired by contemporary ecological and post-phenomenological strands of geographical research, and empirically grounded on a fieldwork carried out in the city of Johannesburg during the 2010 FIFA World Cup, the paper seeks to think the urban spatiality beyond the familiar dichotomies in which it is usually forced,2 addressing the multiple agglomerations of human and nonhuman, tangible and intangible elements which constitute it. The main purpose is to account for the way the spacing of the World Cup impacts on such spatiality or, in other words, for how the orderings of the mega-event and that of the city encounter, and with what consequences. This goal is pursued by focusing on discourses, practices and perceptions of safety and security, given the key role they play in the production of urban order and in the implementation of MEs, as well as the paramount significance they assume in the context of post-apartheid South Africa, and particularly in its most troubled metropolis, Johannesburg. I believe that more sophisticated theorisations and less conventional methodologies are needed if we are to grasp the spatial impact of mega-events on the city, whose deeply contextualised and always unique outcome must be emphasised against the tendency to develop standardised ways to look at it. This paper is a partial move in this direction.