TUPINISMO: UM ESTUDO SOBRE A IMPOSIÇÃO DA LÍNGUA GERAL AMAZÔNICA NO CONTEXTO BRASILEIRO

Revista de Letras Juçara

Endereço:
Universidade Estadual do MaranhãoCampus CaxiasDepartamento de LetrasPraça Duque de Caxias, S/NMorro do Alecrim
Caxias / MA
65600000
Site: http://ppg.revistas.uema.br/index.php/jucara/index
Telefone: (99) 8259-3685
ISSN: 2527-1024
Editor Chefe: Emanoel Cesar Pires de Assis; Solange Santana Guimarães Morais
Início Publicação: 11/05/2017
Periodicidade: Semestral

TUPINISMO: UM ESTUDO SOBRE A IMPOSIÇÃO DA LÍNGUA GERAL AMAZÔNICA NO CONTEXTO BRASILEIRO

Ano: 2019 | Volume: 3 | Número: 2
Autores: Airton Santos de Souza Junior
Autor Correspondente: Airton Santos de Souza Junior | [email protected]

Palavras-chave: Língua geral amazônica. Mecanismos de propagação. Imposição linguística

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Compreendendo por tupinismo o processo de imposição por meio da violência física de uma língua do tronco tupi, busca-se neste estudo demonstrar que os meios de implantação e propagação da língua geral amazônica ou nheengatu na Amazônia brasileira ocorreram de forma impositiva e coercitiva. Assim, toma-se como ponto de partida para as discussões as contribuições de Antezana (2014), Baniwa (2016), Fanon (2005), Freire (2011), Fonseca (2015), Hall (2016), Othero (2017), Silva e Isquerdo (2009) e Stessuk (2006). Desse modo, foi possível constatar que para além de uma língua supraétnica que permitira o contato entre povos de diferentes etnias, na realidade a língua geral amazônica foi, durante certo tempo, um forte instrumento utilizado segundo os interesses do sistema colonial, cuja imposição não deixou de ser arbitrária, coercitiva e violenta, desconsiderando assim as especificidades, identidades, singularidades e o direito de cada comunidade em manter sua própria língua.



Resumo Inglês:

Understanding by Tupinism the process of imposition through the physical violence of a Tupi  trunk  language,  this  study  seeks  to  demonstrate  that  the  means  of  implantation  and propagation of the general Amazonian or Nheengatu language in the Brazilian Amazon occurred in an imposing and coercive manner. Thus, the starting point for the discussions is the contributions of  Antezana  (2014),  Baniwa  (2016),  Fanon  (2005),  Freire  (2011),  Fonseca  (2015),  Hall  (2016), Othero (2017), Silva and Isquerdo (2009) and Stessuk (2006). Thus, it was possible to verify that besides  a  supra-ethnic  language  that  allowed  the  contact  between  peoples  of  different  ethnic groups, in reality  the  general  Amazonian language  was,  for  some  time,  a  strong instrument  used according  to  the  interests  of  the  colonial  system,  whose  imposition  did  not  allow  to  be  arbitrary, coercive and violent, thus disregarding the specificities, identities, singularities and the right of each community to maintain its own language.