Turismo e informalidade: uma análise de manifestações individuais no litoral norte do Rio Grande do Sul

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ISSN: 1982-6745
Editor Chefe: Rogério Leandro Lima da Silveira
Início Publicação: 30/06/1996
Periodicidade: Quadrimestral

Turismo e informalidade: uma análise de manifestações individuais no litoral norte do Rio Grande do Sul

Ano: 2011 | Volume: 16 | Número: 2
Autores: Alexandra Jochims Kruel, Luis Roque Klering
Autor Correspondente: A.J. Kruel | [email protected]

Palavras-chave: informalidade, turismo, sobrevivência

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo nasce a partir de reflexões sobre textos de Ignacy Sachs, um estudioso do desenvolvimento, que aborda aspectos contemporâneos importantes para a sociedade, em uma combinação dos temas crescimento econômico-preservação ambiental-equidade social. Dentre eles está a questão da eliminação da pobreza e da exclusão social, por meio do trabalho decente. O autor defende que a inclusão pelo trabalho conjuga objetivos econômicos e sociais, e que o exercício ao direito do trabalho promove autoestima, oportunidades para autorrealização e avanço na escala social. Por outro lado, denuncia a má repartição da carga de trabalho socialmente necessária e uma epidemia mundial de crescimento sem emprego, e argumenta que no Brasil, especialmente, a maior parte do trabalho está nos empreendimentos de pequeno porte, em muitos dos quais as pessoas atuam em condições de precariedade e informalidade. Nesse sentido, o autor aponta para uma realidade contundente no país e questiona: quem pode dizer como funciona no Brasil a assim chamada economia informal, quantos participam dela e de que maneira? A partir disso, nasce este artigo, como uma breve tentativa de demonstrar algumas das formas como a economia informal funciona no Brasil, em um contexto marcado pela sazonalidade: o turismo, em que enormes contingentes de pessoas se movem para diferentes lugares em busca de repouso, lazer e oportunidades de trabalho e renda, formalizados ou não. Neste artigo, percebe-se a informalidade como atividade econômica e como prática de sobrevivência. O estudo foi realizado nos moldes etnográficos, em uma cidade de médio porte do Litoral Norte do Rio Grande do Sul, durante as temporadas de veraneio de 2009 e 2010. O artigo inicia com uma abordagem contextual que trata de turismo, essencialmente. Após, é apresentada uma seção sobre a informalidade como prática empreendedora de sobrevivência e busca de melhores condições de vida. A terceira seção diz respeito ao delineamento metodológico, seguida por ‘achados’ da pesquisa e, por fim, pelas reflexões finais.



Resumo Inglês:

This article comes from the reflection on texts by Ignacy Sachs, an expert of development, that addresses important contemporary issues to society, in a combination of the themes: economic growth, social equity and environmental preservation. Among the themes, there is the question of eradicating poverty and
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REDES, Santa Cruz do Sul, v. 16, n. 2, p. 47 - 69, maio/ago. 2011
social exclusion, through decent job. The author argues that the inclusion by the job combines economic and social objectives, and that exercising the right of working, promotes self-esteem, opportunities for self-fulfillment and advancement in the social scale. On the other hand, he denounces the poor distribution of workload socially necessary and a worldwide epidemic of jobless growth, and he argues that in Brazil, especially, most of the work is in small enterprises, many of those where people work in conditions of precariousness and informality. In this sense, the author points to a striking reality in the country and he asks: Who can say how it works in Brazil, the so-called informal economy, how many workers do participate in it and how does it happen? Because of those questions, this article was written, a brief attempt to demonstrate some of the ways the informal economy operates in Brazil, in a context marked by seasonality: tourism, in a which huge number of people move to different places searching for home, leisure, employment opportunities and income, formalized or not. It is perceived in this article, informal economic activity as a survival practice. The study was conducted in the ethnography method, in a medium-size city of the North Coast of Rio Grande do Sul during the summer season of 2009 and 2010. The article starts with a contextual approach, which it comes to tourism, essentially. Following, it is presented a section on informality and practical entrepreneurial survival and searching for better living conditions. The third section relates to the methodological design, followed by ‘findings’ of the research and, finally, the final thoughts.