Em Altamira, cidade escondida entre os enlaces dos rios, entrelaçada pelos
galhos das matas da Terra do Meio, Sudoeste do Pará, as notÃcias que hoje circulam
sobre o municÃpio que, em extensão territorial, é maior que paÃses como
Portugal, Bélgica, Holanda, SuÃça, entre outros, entristecem.
No inÃcio da década de 70 (século XX) o governo federal pregava “integrar
para não entregarâ€; era a ditadura militar trazendo para a região amazônica
milhares de famÃlias, homens e mulheres de todas as partes do paÃs, em especial
do Nordeste brasileiro. Se a intenção foi colonizar, o resultado foi o abandono.
Infelizmente, a malfadada história não acaba por aqui.
As lembranças do fatÃdico episódio das “crianças emasculadas de
Altamira†ainda não cicatrizaram em quem mora na região. Agora os problemas
apresentados aos xinguaras são motivados por uma das maiores obras
do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – o complexo de hidrelétricas
que se inicia com a construção da denominada Usina Hidrelétrica
(UHE) de Belo Monte.