Atualmente o sistema elétrico brasileiro, vem ampliando a potência instalada, bem como a malha de linhas de transmissão de energia elétrica por todo o paÃs. No estado de Mato Grosso, localizada no final do Rio Teles Pires, a construção da Hidroelétrica de Teles Pires com 1820 MW causou interferência nas comunidades indÃgenas da região, e, sobretudo para os povos situados a jusante do barramento hidráulico. A energia gerada pela usina é transportada pelas linhas de transmissão, sobretudo para a região sudeste do paÃs, considerado o grade centro consumidor. O antigo discurso da produção local de energia elétrica, dos benefÃcios para a população é questionado. As grandes empreiteiras e empresas estatais atuam em parceria no setor elétrico, tanto para a construção, como na operação dos grandes empreendimentos. Nesta perspectiva, este artigo discute as contradições da do processo de apropriação dos recursos no caso da UHE Teles Pires, e os conflitos gerados com as comunidades indÃgenas locais.