Em abril de 2014, as revistas brasileiras TRIP e TPM publicaram uma edição temática, sob o mesmo tÃtulo base – “Ser negro/negra no Brasil é f*daâ€, e estabeleceram um diálogo editorial a partir de um gancho temporal: o dia 13 de maio, quando se comemora a abolição da escravatura no paÃs. Com um mês de antecedência e a partir de coberturas estruturadas por conteúdos especÃficos, em contato ou não, as publicações anteciparam o acontecimento, previsto, encerrando-o em uma “totalidade†de pautas, acionada por seções e provocadora de um circuito que, antes do “acontecer do acontecimentoâ€, atualizou-o como temática, indicando seus sentidos. Neste contexto, o presente artigo observa relações existentes em acionamentos acontecimentais no jornalismo, mesmo quando estes não partem de uma cobertura factual. Tendo como objeto as edições de TRIP e TPM indicadas, busca-se percorrer a transversalidade originada pela tematização das revistas e compreender as afetações e/ou “determinações†que nela aparecem.
In April 2014, TRIP and TPM Brazilian magazines published a thematic issue under the same base title - "Being a blackman / a blackwoman in Brazil is f * of" and established an editorial dialog from a temporal hook: the May 13, a day that celebrates the abolition of slavery in the country. One month in advance and from structured journalistic coverages by means of specific content, either in contact or not, these issues anticipated the provided event, ending it with a "totality" of agendas driven by sections, thus provoking a circuit before the "moment of the event", updating it as a theme and indicating its meanings. In this context, this paper notes the relations present in journalistic facts even when they do not start from a factual coverage. Having as object the above-mentioned TRIP and TPM magazines, I try to go through the intersections caused by the theming of the issues and thereby understand the affectations and/ or "determinations" that appear in this scope.
