Um Abaporu, a feiúra e o currículo: pesquisando os cotidianos nas conversas complicadas em uma escola pública do Rio de Janeiro

Momento

Endereço:
Av. Itália, s/n, Km 08 Campus Carreiros - Carreiros
Rio Grande / RS
96201-900
Site: https://periodicos.furg.br/momento/index
Telefone: (53) 9810-8442
ISSN: 2316-3100
Editor Chefe: Gabriela Medeiros Nogueira
Início Publicação: 30/07/1983
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Multidisciplinar

Um Abaporu, a feiúra e o currículo: pesquisando os cotidianos nas conversas complicadas em uma escola pública do Rio de Janeiro

Ano: 2016 | Volume: 25 | Número: 1
Autores: Maria Luiza Süssekind, Wilza Lima Santos
Autor Correspondente: Maria Luiza Süssekind | [email protected]

Palavras-chave: trabalho docente, narrativas, estudos do cotidiano, currículos como conversas complicadas, teacher’s work, life stories, everyday life studies, curriculum as complicated conversations

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Neste artigo, partindo indiciariamente da narrativa de uma professora sobre o presente trazido pelo mau estudante Jorge discutimos a cartografia do pensamento abissal e o papel do feio no sentido de refletir sobre a importância da ecologia das diferenças em práticas curriculares que se identificam com a luta processual e cotidiana pela justiça cognitiva. Nesse sentido e no contexto da crise paradigmática corrente, como pesquisadores e professores que pensam o cotidiano como criação permanente, sugerimos que o currículo pode ser entendido como uma conversa complicada e ecológica potencializando a desvisibilização de situações de valorização da diferença. Concluímos que as políticas de unificação curriculares são abissalizadoras do trabalho docente e do aprendizado dos estudantes e sufocam as diferenças nas conversas de sala de aula e, sobretudo, que as narrativas, conversas e práticas curriculares baseadas na ecologia e justiça cognitivas permitem a desconstrução de hierarquias, exclusões e invisibilidades.



Resumo Inglês:

In this article from an indiciary approach of the story told by a public school teacher about a gift brought by the bad student Jorge we discuss the mapping of abyssal thinking and the role of ugliness in reflecting on the importance of the ecology of differences in curricular practices which we identify with the procedural and quotidian fight for cognitive justice. In this sense and in the context of current paradigmatic crisis, as researchers and teachers who think in everyday life like as permanent creation, we suggest that the curriculum can be understood as a complicated and ecological conversation enhancing situations of unblindness and acknowledging of the difference. We conclude that the curricular unification policies provokes abyssal things on teaching and student learning and stifle the differences in classroom conversations and, above all, that the narratives, conversations and curriculum practices based on cognitive ecology and justice allow the deconstruction of hierarchies, exclusions and invisibilities.