Um antropólogo debaixo d’água: Paisagens Sonoras Imersivas, Ciborgues Submarinos e Etnografia Transdutora

Caderno Eletrônico de Ciências Sociais

Endereço:
Av. Fernando Ferrari, 514, Goiabeiras, Vitória - ES - CEP 29075-910 Prédio Bárbara Weinberg - Módulo I - Térreo, Sala 111
Vitória / ES
29060-290
Site: http://periodicos.ufes.br/cadecs/index
Telefone: 27 30252815
ISSN: 2318-6933
Editor Chefe: Paulo Magalhães Araújo
Início Publicação: 30/06/2013
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Sociologia

Um antropólogo debaixo d’água: Paisagens Sonoras Imersivas, Ciborgues Submarinos e Etnografia Transdutora

Ano: 2015 | Volume: 3 | Número: 1
Autores: Stefan Helmreich
Autor Correspondente: Stefan Helmreich | [email protected]

Palavras-chave: Antropologia da ciência, Antropologia do som, Paisagens sonoras, Imersão, Ciborgues.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo fornece um relato antropológico em primeira pessoa sobre um mergulho no fundo do mar no submersível da Woods Hole Oceanographic Institution (WHOI) que comporta três pessoas, o Alvin. Analiso múltiplos significados de imersão: afundamento em líquido, absorção em alguma atividade e entrada compreensiva de um antropólogo em um meio cultural. Inteirando-me dos ritmos do que chamo de ciborgue submarino, “fazendo antropologia em som” (FELD e BRENNEIS, 2004), mostro como paisagens sonoras interiores e exteriores criam uma sensação de imersão e argumento que uma etnografia transdutora pode explicitar as estruturas técnicas e práticas sociais de sondagem, de audição e escuta que suportam essa sensação de presença sônica.



Resumo Inglês:

In this article, I deliver a first-person anthropological report on a dive to the seafloor in the Woods Hole Oceanographic Institution's three-person submersible, Alvin. I examine multiple meanings of immersion: as a descent into liquid, an absorption in activity, and the allencompassing entry of an anthropologist into a cultural medium. Tuning in to the rhythms of what I call the “submarine cyborg” - “doing anthropology in sound”, as advocated by Steven Feld and Donald Brenneis (2004) – I show how interior and exterior soundscapes create a sense of immersion, and I argue that a transductive ethnography can make explicit the technical structures and social practices of sounding, hearing, and listening that support this sense of sonic presence.