UM AUTOR DE PAPEL? REFLEXÕES SOBRE O PAPEL DO AUTOR CONTEMPORÂNEO NA OBRA DE MARCELO MIRISOLA

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ISSN: 15186911
Editor Chefe: Fernando José Martins
Início Publicação: 31/12/1997
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Multidisciplinar

UM AUTOR DE PAPEL? REFLEXÕES SOBRE O PAPEL DO AUTOR CONTEMPORÂNEO NA OBRA DE MARCELO MIRISOLA

Ano: 2011 | Volume: 13 | Número: 2
Autores: Regina Coeli Machado e Silva Alessandra Valério
Autor Correspondente: Regina Coeli Machado e Silva | [email protected]

Palavras-chave: Literatura contemporânea, autoria, Marcelo Mirisola.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A ficção contemporânea tem buscado novas formas de contar as suas histórias. Entre as estratégias narrativas que aparecem de modo mais freqüente, encontram-se o fortalecimento da perspectiva subjetiva do narrador em 1ª pessoa. Unida à ampla utilização da 1ª pessoa, encontra-se, com freqüência, a fusão das figuras do narrador e do autor que passam a se manifestar em uma só voz. Esse recurso é utilizado em muitas obras do escritor Marcelo Mirisola, em especial nos romances O azul do filho morto (2002) e Joana a contragosto (2005). Ao utilizar o seu nome próprio na extensão de suas obras, Mirisola articula uma figura autoral, que se manifesta tanto na ficção como fora dela, no espaço midiático. Tal procedimento além de expor as engrenagens da construção literária, levanta questionamentos acerca dos novos lugares ocupados por escritores, obras e leitores em uma sociedade midiatizada. Essa mobilidade está atrelada, principalmente, a um novo processo de concepção da escrita, que na atualidade se difere essencialmente do passado. Em função disso, este artigo resgata a trajetória sócio-histórica do papel do autor na sociedade ocidental para, posteriormente, compreender as condições de produção contemporâneas que permitem a reconfiguração da posição da figura autoral.