UM DIÁLOGO COM VOLÓCHINOV E FREIRE SOBRE ALTERIDADE, EDUCAÇÃO E LINGUAGEM NO CONTEXTO DAS FRONTEIRAS LINGUÍSTICAS PARA A AQUISIÇÃO DO PORTUGUÊS COMO LÍNGUA ADICIONAL NA AMAZÔNIA BRASILEIRA

Periferia

Endereço:
Rua General Manoel Rabelo, S/N - Vila São Luiz
Duque de Caxias / RJ
25065-050
Site: http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/periferia/index
Telefone: (21) 3657-3021
ISSN: 19849540
Editor Chefe: Ivan Amaro e Dilton Ribeiro Couto Junior
Início Publicação: 31/12/2008
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Educação

UM DIÁLOGO COM VOLÓCHINOV E FREIRE SOBRE ALTERIDADE, EDUCAÇÃO E LINGUAGEM NO CONTEXTO DAS FRONTEIRAS LINGUÍSTICAS PARA A AQUISIÇÃO DO PORTUGUÊS COMO LÍNGUA ADICIONAL NA AMAZÔNIA BRASILEIRA

Ano: 2020 | Volume: 12 | Número: 1
Autores: Raimundo Nonato de Pádua Câncio
Autor Correspondente: Raimundo Nonato de Pádua Câncio | [email protected]

Palavras-chave: Volóchinov; Freire; Alteridade; Educação; Linguagem.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O objetivo deste estudo é identificar aproximações teóricas entre Volóchinov (2017) (Círculo de Bakhtin) e Freire (1991), a partir de suas reflexões sobre alteridade, educação e linguagem, para verificar de que forma esses autores contribuem para um olhar crítico sobre as fronteiras linguísticas vivenciadas pelos povos indígenas Wai-wai (Karib), na aquisição do português como língua adicional na Amazônia brasileira. Metodologicamente, caracteriza-se como um Estudo de Caso do Tipo Etnográfico, cuja abordagem é qualitativa, realizado na Aldeia Mapura, junto a cinco sujeitos indígenas, utilizando-se como recurso de pesquisa a entrevista semiestruturada. Os dados foram analisados a partir de duas subcategorias analíticas: manipulação do discurso e negação da alteridade; e posição de poder e resistência na inserção social, as quais dialogam com categorias: alteridade, educação e linguagem. O estudo faz aproximações como a base teórica de reflexão Análise Crítica do Discurso (FAIRCLOUGH, 2001). Os resultados mostram que os povos indígenas Wai-wai resistiram historicamente à manipulação do discurso e à negação da alteridade, engendrados pelos missionários norte-americanos, ocupando, nessa relação, um lugar de poder e resistência contra as ideologias monolíngues, levando-os a desenvolver estratégias comunicativas que lhes auxiliaram na aquisição da língua portuguesa como língua adicional.