O jovem designer, fotógrafo e artista plástico Alexandre Orion é adepto das práticas do graffiti desde 1995. Somente após cinco anos de experiências com o espaço urbano ele passou a se dedicar à linguagem fotográfica. Em 2002, começou a elaborar o projeto chamado “Metabióticaâ€, que tem por objetivo pensar o graffiti e a fotografia em um único suporte. Segundo o próprio artista, a
pintura e a fotografia dividem um mesmo ambiente como dois organismos inseparáveis e incompatÃveis entre si. O objeto fotográfico é o ambiente no qual não se distingue o limite entre o elo e o duelo das linguagens. Há algo além das duas óticas: uma fenda tênue e infinita que nos conduz à inexistência (ORION, 2006, p. 08).
Alexandre Orion traz explicitamente o graffiti e a fotografia como estratégia e suporte para a visibilidade do trabalho na paisagem urbana. Marca um caminho entre a cidade e a fotografia, em outro espaço, com mais status e preocupação. Trata a fotografia como parte do processo criativo e, dessa forma, distinguem-se dos demais trabalhos que podem, a qualquer instante, ser cobertos de tinta, para dar lugar a outros. (...)