O artigo utiliza-se da análise da obra de Primo Levi e Clarice Lispector para abordar o paradigma filosófico de sustentação da concepção de direitos humanos, trabalhando com a hipótese de que o Holocausto levou à necessidade da adoção do paradigma fundacionalista defensor de uma moralidade fechada, solipsista e baseada na racionalidade que é rejeitada pelas contribuições teóricas de Richard Rorty e Emmanuel Lévinas. Estes autores conduzem à reflexão sobre a possibilidade de uma moralidade relacional que, ao adotar o modelo de subjetividade aberta, permitisse a defesa da concepção de direitos humanos de acordo com um paradigma filosófico que perceba a alteridade a partir do desamparo causado pela ruptura da identidade construída que traz consigo a reflexividade necessária para o questionamento e a construção de um novo e mais amplo sentido de si.
The article made the analysis of the work of Primo Levi and Clarice Lispector to approach the philosophical paradigm to conception of human rights, working the hypothesis that the Holocaust led to the need for the foundationalist paradigm with a closed morality, solipsism and rationality. These are thoughts rejected by the theoretical contributions of Richard Rorty and Emmanuel Lévinas, since these authors did the reflection about a relational morality, adopting the open subjectivity model, would allow the defense of the conception of human rights according to a philosophical paradigm based in otherness and helplessness, caused by the rupture of the constructed identity, causing a necessary reflexivity to question and construct a new sense of self