UM IZIBONGO PARA MAFUKUZELA: Ritual, Memória e Nação na África do Sul

Outros Tempos Pesquisa Em Foco História

Endereço:
Universidade Estadual do Maranhão, Curso de História, Campus Paulo VI, Bairro Tirirical
São Luís / MA
Site: http://www.outrostempos.uema.br
Telefone: (98) 3245-6141
ISSN: 18088031
Editor Chefe: Marcelo Cheche Galves
Início Publicação: 13/04/2004
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: História

UM IZIBONGO PARA MAFUKUZELA: Ritual, Memória e Nação na África do Sul

Ano: 2018 | Volume: 15 | Número: 25
Autores: ANTONIO EVALDO ALMEIDA BARROS
Autor Correspondente: ANTONIO EVALDO ALMEIDA BARROS | [email protected]

Palavras-chave: John Dube (1871-1946). Memória. Nação. Izibongo. África do Sul.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

John Langalibalele Dube (1871-1946) tornara-se uma figura central da história e memória sul-africana moderna. Suas realizações são bem conhecidas por aqueles que têm se interessado por sua vida e obra. Ao mesmo tempo, os modos como ele vem sendo apropriado e visto do final do século XIX até os dias atuais têm relação direta com os projetos de nação e sociedade sul-africana dominantes. De um lado, há aqueles que tendem a identificar Dube como colaborador da implementação da segregação sul-africana. De outro lado, há aqueles que posicionam John Dube como personagem central das lutas históricas contra a segregação racial, inscrevendo-o, como ocorre paradigmaticamente nos dias atuais, como uma espécie de herói sul-africano – esta tendência pode ser observada em diferentes décadas e situações, como nas representações sobre Dube produzidas por sua família e grupo social nos anos 1970 no âmbito dos izibongos que lhe foram dedicados, e que são objeto central deste artigo. Num jogo de lutas de memória, este padrão interpretativo tornar-se-ia claramente dominante na África do Sul pós-Apartheid, particularmente no contexto de invenção da África do Sul como Rainbown Nation.



Resumo Inglês:

John Langalibalele Dube (1871-1946) had become a central figure in modern South African history and memory. His accomplishments are well known for those who have been interested in his life and work. At the same time, the ways in which he has been appropriated and seen from the late nineteenth century to the present day are directly related to the dominant South African society and nation projects. On the one hand, there are those who tend to identify Dube as a contributor to the implementation of South African segregation. On the other hand, there are those who position John Dube as the central character of the historical struggles against racial segregation, inscribing him, as it occurs today paradigmatically, as a kind of South African hero - this tendency can be observed in different decades and situations, such as in Dube’s representations produced by his family and social group in the 1970s under the izibongos that were dedicated to him, and that are the central object of this article. In a game of memory struggles, this interpretive pattern would become clearly dominant paradigmatically in post-Apartheid South Africa, particularly in the context of South Africa's invention as Rainbown Nation.



Resumo Espanhol:

John Langalibalele Dube (1871-1946) se había convertido en una figura central de la historia y memoria sudafricana moderna. Sus realizaciones son bien conocidas por aquellos que se interesan por su vida y obra. Al mismo tiempo, los modos como él viene siendo apropiado y visto desde el final del siglo XIX hasta los días actuales tienen relación directa con los proyectos de nación y sociedad sudafricana dominantes. Por un lado, hay quienes tienden a identificar a Dube como colaborador de la implementación de la segregación sudafricana. Por otro lado, hay aquellos que posicionan a John Dube como personaje central de las luchas históricas contra la segregación racial, inscribiéndolo, como ocurre paradigmáticamente en los días actuales, como una especie de héroe sudafricano – esta tendencia puede ser observada en diferentes décadas y situaciones, como en las representaciones sobre Dube producidas por su familia y grupo social en los años 1970 en el ámbito de los izibongos que le fueron dedicados, y que son objeto central de este artículo. En un juego de luchas de memoria, este patrón interpretativo se tornaría claramente dominante en Sudáfrica post-Apartheid, particularmente en el contexto de invención de Sudáfrica como Rainbown Nation.