Um jeito de Corpo: por uma antropologia sem calça jeans

Revista Mundaú

Endereço:
Avenida Lourival Melo Mota - S/n - Tabuleiro do Martins
Maceió / AL
57072-900
Site: http://www.seer.ufal.br/index.php/revistamundau
Telefone: (82) 3214-1322
ISSN: 2526-3188
Editor Chefe: Silvia Aguiar Carneiro Martins
Início Publicação: 01/12/2016
Periodicidade: Bianual
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Sociologia

Um jeito de Corpo: por uma antropologia sem calça jeans

Ano: 2022 | Volume: 0 | Número: 11
Autores: Renato Müller Pinto
Autor Correspondente: Renato Müller Pinto | [email protected]

Palavras-chave: Pesquisa de campo, Etnografia, Corporeidade, Tim Ingold.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Neste artigo, proponho uma reflexão sobre a centralidade e a produção do corpo do antropólogo na pesquisa de campo, a partir de dois movimentos: minha experiência de aprendizagem em atividades de ensino de dança e uma aproximação com o debate promovido por Tim Ingold a respeito da relação entre Antropologia e Educação. O propósito é problematizar de que maneira estas experiências na aprendizagem em dança me permitem refinar uma educação da atenção, a partir de um processo de produção de meu corpo. Trata-se, ainda, de questionar a ideia de que se o objetivo da Antropologia não se esgota na etnografia e na descrição detalhada, mas antes sobre as potencialidades da vida , não deveríamos ser constrangidos por uma certa visão de método que neutraliza a análise dos fluxos da vida e o aprendizado com outras pessoas ou coisas.



Resumo Inglês:

In this article, I propose a reflection on the centrality and production of the anthropologist's body in field research, based on two movements: my learning experience in dance learning activities and an approximation with the debate promoted by Tim Ingold about the relationship between Anthropology and Education. The purpose is to discuss how these experiences in dance learning allow me to refine an education of attention, based on a process of production of my body. It is also a question of questioning the idea that if the objective of anthropology is not limited to ethnography and detailed description, but rather to the potential of life, we should not be constrained by a certain vision of method that neutralizes the analysis of life flows and learning from other people or things.



Resumo Espanhol:

En este artículo propongo una reflexión sobre la centralidad y producción del cuerpo del antropólogo en la investigación de campo, a partir de dos movimientos: mi experiencia de aprendizaje en las actividades de enseñanza de la danza y una aproximación al debate promovido por Tim Ingold sobre la relación entre Antropología y Educación. El propósito es discutir cómo estas experiencias en el aprendizaje de la danza me permiten perfeccionar una educación de la atención, basada en un proceso de producción de mi cuerpo. Se trata también de cuestionar la idea de que si el objetivo de la antropología no se limita a la etnografía y la descripción detallada, sino más bie al potencial de la vida, porque deberíamos estar constreñidos a una cierta visión del método que neutraliza el análisis de los flujos de vida. Y el aprendizaje de otras personas o cosas.



Resumo Francês:

Dans cet article, je propose une réflexion sur la centralité et la production du corps de l'anthropologue dans la recherche de terrain, à partir de deux mouvements: mon expérience d'apprentissage dans les activités d'enseignement de la danse et une approximation avec le débat promu par Tim Ingold sur la relation entre Anthropologie et Education. L'objectif est de discuter en quoi ces expériences d'apprentissage de la danse me permettent d'affiner une éducation de l'attention, basée sur un processus de production de mon corps. Il s'agit aussi de remettre en cause l'idée que si l'objectif de l'anthropologie ne se limite pas à l'ethnographie et à la description détaillée, mais plutôt au potentiel de la vie, il ne faut pas être contraint par une certaine vision de la méthode qui neutralise l'analyse des flux de vie et l’apprentissage des autres personnes ou des choses.