Sérgio Buarque de Holanda foi um dos intérpretes monumentais da sociedade brasileira e sua formação histórica. Em RaÃzes do Brasil, sua obra-prima, publicada em 1936, promoveu um amplo e instigante debate sobre os limites (não impossibilidades) da democracia entre nós, brasileiros, herdeiros de uma colonização brutal e sui generis. Este artigo quer refletir sobre a democracia no Brasil, apoiando-se na tentativa de desvendar o perfil do “homem cordial†e as razões de seu profundo desinteresse por uma realidade livre e justa em solo nacional.