Este artigo tem como objetivo analisar a produção acadêmica sobre o pensamento geométrico à luz do modelo de Van Hiele, buscando compreender suas contribuições para o ensino e a aprendizagem da geometria. Para isso, são apresentados os níveis de desenvolvimento do pensamento geométrico propostos por Dina van Hiele-Geldof e Pierre van Hiele, bem como as propriedades fundamentais do modelo. O estudo partiu da questão: em que medida o modelo de Van Hiele ajuda a compreender e superar as dificuldades observadas no ensino-aprendizagem da geometria no ambiente escolar? A metodologia adotada foi a pesquisa bibliométrica, com ênfase na análise de dissertações e teses disponíveis na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), utilizando estatística descritiva e análise temática. Os resultados evidenciaram um crescimento nas pesquisas sobre o modelo no Brasil, especialmente a partir dos anos 2000, com maior concentração na região sudeste. As análises destacaram que o modelo tem sido utilizado para compreender o raciocínio geométrico de estudantes e subsidiar práticas pedagógicas mais eficazes, além de contribuir para a formação inicial e continuada de professores. Sendo assim, o modelo de Van Hiele é uma ferramenta relevante para qualificar o ensino de geometria, promovendo avanços na aprendizagem por meio de práticas pedagógicas fundamentadas e intencionais.