Este artigo tem como objetivo problematizar a natureza da relação entre os operários grevistas e
os trabalhadores não engajados, propondo a hipótese de que esta é uma relação de poder, intermediada
por associações e lideranças que exercem – ou buscam exercer – uma dominação sobre o conjunto da
classe. Pretende, ainda, discutir brevemente os fundamentos da legitimidade da autoridade destes
agrupamentos sindicais e de suas ações, considerando que ações de violência eram consideradas meios
legÃtimos para alcançar os fins da associação.