Um mundo de coisas mais competentes que nós: abrindo caixas pretas através de uma semiótica material em Vilém Flusser

Intexto

Endereço:
Rua Ramiro Barcelos, 2705 - Sala 519
Porto Alegre / RS
90035-007
Site: http://www.intexto.ufrgs.br
Telefone: (51) 3308-5116
ISSN: 1807-8583
Editor Chefe: Basílio Sartor / Suely Fragoso
Início Publicação: 31/12/1996
Periodicidade: Mensal
Área de Estudo: Comunicação

Um mundo de coisas mais competentes que nós: abrindo caixas pretas através de uma semiótica material em Vilém Flusser

Ano: 2020 | Volume: 0 | Número: 51
Autores: Mauricio de Souza Fanfa, Phillipp Dias Gripp
Autor Correspondente: Mauricio de Souza Fanfa | [email protected]

Palavras-chave: Vilém Flusser, Semiótica material, Caixa preta, Smartphone

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Os estudos sobre a construção social da ciência e tecnologia são atentos a caixas pretas e seus funcionamentos. Tem-se sugerido a noção de semiótica material como agregadora da necessidade de recorrência a considerações sobre a materialidade dos objetos evocados para análise. No presente texto, buscamos argumentar sobre como Vilém Flusser pode ser retroativamente considerado um pensador que trata de aspectos da semiótica material e sobre como sua perspectiva crítica pode contribuir com tal vertente. Por fim, para ilustrar nosso esforço, realizamos o que pode ser chamado de uma análise de semiótica material de inspiração flusseriana acerca do aparelho smartphone e a função Stories no aplicativo Instagram. Concluiu-se que uma semiótica material de inspiração flusseriana é aquela que busca examinar como se desenvolve um tipo de pensamento infra-humano nas associações heterogêneas.



Resumo Inglês:

Social construction of science and technology studies pay attention to black boxes and its operation. Recently, authors like John Law have suggested the notion of material semiotics to put together considerations about the materiality of objects in analysis. In this paper, we intent to argue about how Vilém Flusser can retroactively be considered a thinker attentive to aspects of material semiotics and about how his critical perspective can contribute with such approach. Finally, to illustrate our view, we propose what can be called a Flusserian inspired material semiotic analysis on the smartphone device and the Stories function in the Instagram app. It concludes that a material semiotic of Flusserian inspiration is one that seeks to examine how an infrahuman type of thought develops in heterogeneous associations.