Este trabalho tem por finalidade discutir a nova forma de avaliação do desempenho de
alunos do ensino superior – ENADE – o qual substitui o Exame Nacional de Cursos (ENC),
recentemente implantado pelo MEC, trazendo em seu bojo inovações substanciais, tais como
avaliar os alunos não apenas no final do curso, bem como na sua entrada. O estudo parte de
uma descrição crÃtica desse novo modelo, adentrando, a seguir, numa discussão psicopedagógica, fundamentada nas idéias de Vygotsky, permeada por questões reflexivas da
prática educativa (competências e habilidades) e por fim apresentando uma pesquisa
diagnóstica comparativa, envolvendo cinco questões utilizadas no último ENC, realizado em
2003 e aplicado em 107 alunos distribuÃdos entre os 1o e 7o semestres de uma IES privada
isolada. O procedimento de análise levou em consideração tanto uma análise intragrupos
(comparando o desempenho dos alunos da IES), quanto intergrupos (comparando o
desempenho dos alunos do 7o semestre dessa IES com a média brasileira obtidas nessas
questões). O artigo conclui que é necessária uma reflexão mais ampla e profunda por parte da
comunidade acadêmica no que diz respeito ao Exame Nacional de Desempenho dos
Estudantes do Ensino Superior (ENADE).