Um passeio flaneurístico nas ruas brasileiras com o chutador de tampinhas de João Antônio

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Editor Chefe: Comissão Editorial
Início Publicação: 31/12/2009
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Letras

Um passeio flaneurístico nas ruas brasileiras com o chutador de tampinhas de João Antônio

Ano: 2016 | Volume: 1 | Número: 9
Autores: Luciéle Bernardi de Souza
Autor Correspondente: L. B. Souza | [email protected]

Palavras-chave: modernidade, João Antônio, Baudelaire, cidade, modernity, city

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O homem moderno é caracterizado de inúmeras maneiras, mas poucas características lhe são tão intrínsecas quanto o flanar. Não há nada mais moderno do que esse singular caminhar entre as ruas das cidades, flanar de diferentes maneiras, conhecida atividade presente em algumas obras de Baudelaire. Poderia o flanar do homem europeu ser adaptado, flertar com o flanar carioca representado na arte de caminhar e chutar tampinhas no asfalto do personagem suburbano de João Antônio? O homem que faz o espaço, pois o significa, dota de sentido, o flâneur que não ouve Wagner, mas Noel Rosa, não leva guarda-chuva, mas chuta tampinhas, e faz desse chute sua arte de olhar o ordinário na cidade.



Resumo Inglês:

Modern man is portrayed in many ways, but few of his depicted behaviors are as typical as strolling. There is nothing more modern than this wandering through city streets, as famously featured in many works of Baudelaire. Could the image of the strolling modern European man be adapted to the streets of Rio de Janeiro? Perhaps by the way that the suburban João Antônio’s protagonist walks, while idly kicking bottle caps on asphalt surface. The man who makes his medium, who gives meaning to it. The flâneur who doesn’t listen to Wagner, but to Noel Rosa; who doesn’t carry an umbrella, but kicks bottles; someone who makes this kicking his own way of watching the ordinary in the city.