O desemprego e a desigualdade social são algumas das expressões da questão social e constituem elementos fundamentais no processo de produção de saúde, inclusive, ambos considerados nas principais concepções de saúde no Brasil: a dos enfoques dos Determinantes Sociais da Saúde e da teoria da Determinação Social da Saúde. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é examinar os principais indicadores de adoecimento mental da classe trabalhadora no Brasil neste século a partir da análise de algumas expressões da questão social. O caminho metodológico abarcou revisão de literatura, breve análise documental e coleta de indicadores em fontes secundárias, pautando-se no método crítico-dialético e possuindo enfoque misto. A partir da discussão realizada pode-se perceber como a Determinação Social da Saúde é importante no processo saúde-doença, visto que os movimentos que se dão no âmbito macroestrutural possuem influência no adoecimento/na produção de saúde. Assim como exposto na realidade brasileira que apresenta avanço da desigualdade social, do desemprego e da fome condicionando um cenário adverso para o desenvolvimento saudável e produção de saúde, seja do ponto de vista objetivo na não garantia das condições mínimas de existência seja na dimensão subjetiva ao não contribuir com condições dignas de saúde mental.